Tudo
Foto: Evandro Carlos Ferreira dos Santos
Rio caudaloso e inesgotável é a poesia
Nas fecundas planícies de minha amante alma poeta.
Nenhum sol pode exaurir essas águas, nenhuma magia
Pode mudar seu curso, fazer olvidar a sua quimera,
Pois, sua nascente, seu enlevo, ah!, é a mulher amada,
Fonte de cada palavra dentro dum verso, dum sentimento.
É ela a chuva, os afluentes, orvalho d'alvorada.
É ela a rima, a musa, a música solta ao vento.
É ela a insônia, a busca pelo verso perfeito,
O grito de saudade, desejo inflamando em meu peito.
É ela o meu riso, minha fé, a vida que pulsa em mim.
É ela o meu ego indígete, a vontade de vencer,
O anjo purificando a fera, o dom de nada temer.
É ela, somente ela, deusa e dona, meu tudo, enfim.
Daniel Carvalho Gonçalves
Escrito em 10 de outubro de 1996
Abraço!
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