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quinta-feira, 7 de julho de 2016

Ausência

Ausência


     Foto: Daniel Carvalho Gonçalves


Porventura pode um poema definir o vazio de uma ausência?
Palavras, por mais sinceras que sejam, não sabem traduzir o que é saudade,
Nem podem explicar a angústia de estar sozinho, apenas com os sonhos,
Sonhos que doem no peito como se quisessem roubar a felicidade,

Sonhos que extravasam esperança de encontrar novamente o ser amado,
E que mantém ardendo a chama da vida, alimentando-a de sentido.
Por ironia, em nossa fragilidade, somos fortes o bastante para chorar
Em silêncio essa mágoa e sorrir, na certeza que em nosso caminho,

No caminho do poeta, no passar do tempo, nos minutos que parecem horas,
Encontraremos, de olhar brilhante e sorriso lindo, a pessoa amada.
Acaso pode um poema definir a magia sentimental desse momento?

É como um cego vislumbrar pela primeira vez a beleza do amanhecer.
É assim quando encontramos o amor, como a fé que, enfim, pode acontecer.
Somos como pássaros que descobrem, depois da fuga, a liberdade do vento.


Daniel Carvalho Gonçalves.
Escrito em 07 de dezembro de 1995
Abraço!

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