Paradoxo
Foto: Daniel Carvalho Gonçalves
Grito, preso em minha alma,
E ninguém me ouve.
Apenas o silêncio me envolve
Como se fosse um manto de aço,
Ocultando minha fragilidade.
Serei eu tão forte assim?
Me desespero ante a dor
Sufocante da saudade,
Mas ninguém é capaz
De ver essa angústia
Nem tampouco as lágrimas
Que caem por trás do meu sorriso.
Interpretarei tão bem assim?
Com a esperança já exânime
Ignoro minha dor
E persisto, enlouquecido,
No sonho que me fere.
Assim agem os fortes!
De repente, sou poeta.
Em rimas, pobres rimas, extravaso o amor,
Minha bênção e maldição,
E muito poucos entendem o que escrevo.
Entenderá quem eu amo?
Daniel Carvalho Gonçalves
Escrito em 11 de julho de 1994
Abraço!
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