Devoção
Foto: Daniel Carvalho Gonçalves
Que minha poesia grite,
Escandalize,
Evangelize,
Profane,
Nos acordes de tua magia,
Nos segredos sutis
Que o teu olhar esconde.
Que minha poesia chore,
Implore,
Adore,
O gosto do teu beijo,
Mistura perfeita
Entre mel e vinho.
Que minha poesia rude
Desnude,
Eternize,
Cada gota de suor
Bebida em teu corpo,
Teu fêmeo perfume,
A flama alva de tua tez,
Teu cio,
Teu ciúme,
Teu rio.
Nem o ápice do alento
Tanto gozo resume.
Que minha poesia se cale,
Nada fale.
Não há nada a ser dito.
Daniel Carvalho Gonçalves
Escrito em 25 de maio de 2001
Abraços!
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