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segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Crítica a um pobre de espírito


  Foto: Daniel Carvalho Gonçalves


Sou pobre quando monopolizo
A razão,
Quando não aceito
Nem assumo minhas imperfeições.

Sou pobre quando exijo
Que os outros sejam iguais a mim
Ou se moldem aos meus sonhos,
Privando-os de livre arbítrio.

Sou pobre quando o meu sorriso
Intenciona a compra de favores
Ou quando espero que me retribuam
Em dobro.

Sou pobre quando minha lágrima
É a máscara de uma 
Gargalhada infiel.

Sou pobre se o meu amor
Significa cobrança
Ao invés de entrega.

Sou pobre se os meus sonhos
Não incluem a felicidade de outrem.
Sou pobre quando tenho pena de mim
E sou impiedoso com outros.

Sou pobre quando não amo.


Daniel Carvalho Gonçalves
Escrito em 07 de janeiro de 1998
Abraço!

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