Prólogo de realidade
Foto: Daniel Carvalho Gonçalves
Quando amanhecer em meu
Oculto orbe interior,
Esta magia tão indefinida;
Quando vier a luz;
Estarei nu à percepção alheia?
Ora! Serei eu como uma gota de orvalho
Que resvala, refrescante
E facilmente esquecida,
Ao acaso por uma filifolha,
Oh!, tão gentil?
Acaso serei potente e efêmero
Como um relampejar,
Estentóreo qual trovão,
Tão insignificante ante a ira divina?
Porventura, serei homem
Para assumir que sou frágil,
Pequeno e dependente,
Tolo e inconsequente,
Capaz de amar sem medidas?
Serei másculo o suficiente
Para demolir meu egoísmo inato,
Esquecer de mim mesmo,
E fazer algo objetivo
Pela felicidade de outros?
Quando me apontarem: "- olhem!",
O que verão?
Uma folha que vaga, perdida,
Ou um arbusto flexível,
Ambos ao sabor do mesmo vento?
Ora! Deixarei que a minha luz
Reprima minha escuridão,
Deixando evidentes meus medos,
Sonho e expectativas?
Que a alvorada venha à humanidade,
Inevitável e litigiosa,
Nos faça desnudos à verdade,
E nos ensine como deixar fluir,
De nós mesmos, o que, de bom,
Bate tão forte no peito.
Daniel Carvalho Gonçalves
Escrito em 29 de fevereiro de 1995
Abraço!
Quando amanhecer em meu
Oculto orbe interior,
Esta magia tão indefinida;
Quando vier a luz;
Estarei nu à percepção alheia?
Ora! Serei eu como uma gota de orvalho
Que resvala, refrescante
E facilmente esquecida,
Ao acaso por uma filifolha,
Oh!, tão gentil?
Acaso serei potente e efêmero
Como um relampejar,
Estentóreo qual trovão,
Tão insignificante ante a ira divina?
Porventura, serei homem
Para assumir que sou frágil,
Pequeno e dependente,
Tolo e inconsequente,
Capaz de amar sem medidas?
Serei másculo o suficiente
Para demolir meu egoísmo inato,
Esquecer de mim mesmo,
E fazer algo objetivo
Pela felicidade de outros?
Quando me apontarem: "- olhem!",
O que verão?
Uma folha que vaga, perdida,
Ou um arbusto flexível,
Ambos ao sabor do mesmo vento?
Ora! Deixarei que a minha luz
Reprima minha escuridão,
Deixando evidentes meus medos,
Sonho e expectativas?
Que a alvorada venha à humanidade,
Inevitável e litigiosa,
Nos faça desnudos à verdade,
E nos ensine como deixar fluir,
De nós mesmos, o que, de bom,
Bate tão forte no peito.
Daniel Carvalho Gonçalves
Escrito em 29 de fevereiro de 1995
Abraço!
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