Poemas
Foto: Daniel Carvalho Gonçalves
Meus poemas nasceram nas noites mais tristes,
Quando eu me abraçava em minha soledade
Ou lutava contra mim com a crença de quem não desiste
De encontrar a legenda da felicidade.
Destilaram veneno nas vezes em que perdi
Os amores que, hoje eu sei, nunca tive;
Beberam cada palavra das dores que senti;
Invejaram os lugares em que jamais estive.
Meus poemas nasceram dum silêncio sagrado,
Quando os lábios não definem o sentimento,
Quando os sonhos tem a inocência dum pecado
E o corpo arde na doçura febril deste momento.
Ah! , germinaram de minha robusta fragilidade,
Riram dos meus erros, me ergueram do chão,
Me fizeram rei e mendigo à sua vontade,
Refletiram minha alma e meu coração.
Meus poemas veneram minha alma gêmea,
Pois, são, de fato, o meu sentimento
Embriagado com o seu olor de açucena,
Domando e possuindo cada pensamento.
Esses poemas me verão envelhecer
Amando, enlouquecido, essa mulher.
E, mesmo quando um dia eu morrer,
Eles cantarão esse amor tão forte quanto fé.
Daniel Carvalho Gonçalves
Escrito em 14 de março de 1999
Abraço!
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