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domingo, 12 de maio de 2013

À sombra de um vulcão

À sombra de um vulcão


     Foto: Daniel Carvalho Gonçalves


És Vesúvio no ápice do cio,
Espalhas tua chama de pura volúpia,
Teu magma santo, farto como rio,
Entontece com a mais exótica poesia.

Teu fogo desdenha em audível desafio,
Extentóreo dom de conhecer meus segredos.
E, de prazer, eu grito, eu silencio,
Reverencio teu poder em meu sonho primevo.

Teu brilho rompe o véu da madrugada
Como se fora um sol gaio e temporão,
Na doçura de se saber diva e adorada - 
Tens, de domar ao poeta, o estranho condão.

No quarto a quietude vence a tempestade,
E teu abraço tem gosto de magia,
De vinho doce, de gentil verdade,
De amor possesso de deliciosa melodia.


Daniel Carvalho Gonçalves
Escrito em 09 de maio de 2000
Abraço!

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