Figura de pai
Foto: Daniel Carvalho Gonçalves
Lembro bem de um dia
Com saudoso cheiro de infância,
A paz do seu colo, alegria
De quem buscava segurança.
Pendurado em seu pescoço, eu ia,
Liliputiano feliz, criança.
Invencível lhe vi em meu sonho infante,
Quase um deus a me abençoar.
Ah!, meus olhos deliravam, brilhantes,
O paraíso era ali, e lhe amar,
Mais um detalhe naquele instante.
Ora, Pai, sem você, o que seria de mim?
De onde aprender a força, a energia?
De onde o equilíbrio, o carinho, enfim,
O caminho que me trouxe a essa poesia?
Cada passo que dei e que dou,
Pai, é mirado em seu espelho.
Cada ato do homem que sou,
Isso não é nenhum segredo,
É colheita do que plantou.
Por isso, essa tresloucada canção,
Porque não existe outra forma
De mostrar toda a minha gratidão,
Senão lhe amar também
De toda a alma e coração.
Daniel Carvalho Gonçalves
Escrito em 03 de agosto de 2010
Abraço!
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