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quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Testamento de poeta

Testamento de poeta


  Foto; Daniel Carvalho Gonçalves


Deixo para as flores, doces flores,
Os sonhos que não pude realizar.
Deixo também minhas secretas dores
Para um poema que alguém inventar.

Deixo para as estrelas, tão inocentes,
Todas as palavras que eu não disse.
Algumas, impudicas, displicentes.
Outras, santas e de alvas matizes.

Deixo para o amanhecer o perfume
Dos carinhos que escondi em minha alma.
Para as folhas de outono, ciúme
Dos sonhos que nascem de sua calma.

Deixo para as coisas incertas da vida
O meu orgulho, o meu egoísmo.
Deixo para as pessoas por mim feridas
Minha humildade e meu altruísmo.


Daniel Carvalho Gonçalves
Escrito em 25 de abril de 1996
Abraço!


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