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quarta-feira, 18 de setembro de 2013

À malícia de uma flor

À malícia de uma flor


  Foto: Daniel Carvalho Gonçalves


As vezes, como um sonho, és surpreendente.
Bem sei, tens a malícia de uma serpente,
És sutil e fugaz, prenúncio de pecado.

E se acaso és espinho e não a rosa,
Me encantas muito mais, tão maravilhosa.
Teu sorriso jocoso, teu brilho encantado

Faz do homem um menino tolo, indefeso,
Faz parecer que conhece todos os meus segredos,
E eu me vejo despido de corpo e alma.

De repente, como mágica, és inocente,
Transforma-se num anjo frágil e dependente,
A irradiar, veneranda, símplice calma.

Nesse momento és a rosa e não o espinho,
É s flor-menina a despertar, em mim, carinho.
Procuras o meu abraço qual fosse abrigo,

E o menino em mim se faz homem, te ama
Como és, mulher-menina, anjo-serpente, ah! ,
Te ama porque és única, és meu abrigo.


Daniel Carvalho Gonçalves
Escrito em 05 de dezembro de 1995
Abraço!

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