A um amor distante
Foto: Daniel Carvalho Gonçalves
Num dia frio, dia de chuva, quando os pássaros
Buscavam, friorentos, o doce calor de seus ninhos,
Eu não tinha onde ir (por onde dirigir os meus passos?),
Preso em meu quarto e tão distante do teu carinho.
Quisera voar como eles para o teu abraço,
Me aquecer ao teu contato, provar deste teu vinho.
Cultuando minha solidão, nasceu este poema,
Num rito dolente, próprio de quem sente saudade
Da pessoa amada e distante, d'alma gêmea.
No entanto, as lembranças tem dom de felicidade
E trazem consigo olor de tua pele morena,
O teu maravilhoso sorriso de cumplicidade.
Assim como os pássaros, depois da chuva, eu canto
E te encontro em cada acorde do meu violão.
Em cada canção me sinto tocado por teu encanto,
E não sei o que mais dói: o sentimento ou a razão.
Eis! , eis a esperança de te encontrar em qualquer canto
E te dar, já quase enlouquecido, o meu coração!
Daniel Carvalho Gonçalves
20 de novembro de 1996
Abraço!
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