Carentes de verdade
Foto: Daniel Carvalho Gonçalves
Quem pode definir o amor?
Acaso, um simples sonhador?
Ah! Nisso somos todos boçais,
Somos pequenos, quase irreais!
O que pode dizer um poeta ou pensador?
No amor não somos intelectuais,
Somos instintivos, quase animais.
Ora! Quando nos falta explicação,
Quase sempre ignoramos a razão,
E surge, suplente, a poesia.
Na verdade, nossas medíocres fantasias.
E o amor permanece na indefinição.
Ah! Como explicar a lágrima sentida?
E o riso, a felicidade vivida?
Como entender esse sentimento?
Qual a sua verdadeira face:
Reprimida, extrovertida, paz ou tormento?
Ah! Esse louco sentimento de rima indefinida!
Daniel Carvalho Gonçalves
Escrito em 25 de setembro de 1993
Abraço!
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