Inexplicável devoção
Foto: Daniel Carvalho Gonçalves
Divago, desvairado, por entre pautas,
Na tola pretensão de te poetizar.
Mísero! Como poetizar tal deusa,
Flor campestre, orvalho do meu alvorar,
Fera agreste, capaz de me encantar?
Surpreende-me essa inexplicação,
Este não saber o que te dizer.
Ah! Me fascina teu jeito de menina,
Inocente, anjo que não sei esquecer.
Porém, às vezes, és tão maliciosa,
Sutil, mulher decidida, linda dona
De minhas secretas e loucas vontades.
Não sei ao certo se falo dos seus olhos
Ou se rimo as curvas do teu corpo -
Sei que sou capaz de tudo por ti.
Bem, o que sei é que te amo tanto,
E queria que, de algum jeito, não importa,
Tu soubesses disso.
Daniel Carvalho Gonçalves
Escrito em 24 de novembro de 1994
Abraço!
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