Pretenso poema de amor
Foto: Daniel Carvalho Gonçalves
Tivera a pretensão de poetizar o amor,
Mas todo poema de amor é finito, tolo,
Ante o colosso poético dum sentimento,
Pois, palavra nenhuma tem o poder de expô-lo.
Mas o desejo era fogo queimando, intenso,
Em minha alma encantada pela mulher amada,
E dele nasceram uns versos disformes, alento
Dum sonhador, bisonho ante seu jeito de fada.
Pudera apenas, limitado, dizer "te amo",
Sem lhe contar da felicidade e do encanto,
Da saudade que, sutil, me assalta por inteiro
Durante todo o tempo longe do seu contato,
Do sonho que se renova sempre que estou ao seu lado,
E que lhe faz a única dona dos meus segredos.
Daniel Carvalho Gonçalves
Escrito em 16 de maio de 1997
Abraço!
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