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quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Anjo maldito

Anjo maldito

  Foto: Daniel Carvalho Gonçalves



Tu entraste em minha vida qual fosses fogo intenso,
Qual febre louca, provocando delírio imenso,
Sem perguntar ao poeta se ele queria te amar.

Eis que o poeta te fez musa de todos os seus poemas,
E o homem te desejou como a mais gostosa fêmea -
Ambos sofrem ao beberem do doce fel deste encantar.

Tu sabes do mal que me fazes e do bem que me provocas,
Conheces meu lado frágil, inconsequente me dominas.
Percebes, porventura, que eu não consigo viver sem ti?

Tu és semelhante a uma furiosa tempestade,
Arrastando tudo ao seu toque, qual fosses majestade.
És diva verdade ou uma simples ilusão que vivi?

Enfim, és o resumo símplice de pura malícia,
Mas te quero porque sei que podes provocar felícia.


Daniel Carvalho Gonçalves
Escrito em 23 de agosto de 1995
Abraço!

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