Rascunho de poeta
Foto: Daniel Carvalho Gonçalves
És, de todas as mulheres, a mais divina.
Teu mistério paira no olhar, fascina.
Tua poesia é luz, transcende
A tua volúpia de ser feminina,
Pois, és também uma doce menina
Que ao altar de minha alma ascende.
Em cada verso, até no silêncio dum sonho,
Onde sou menino, tolo, risonho,
Em meu próprio corpo, te canta este poema.
E se as vezes choro, tristonho,
É porque o meu coração bisonho
Se julga pequeno ante tão bela fêmea.
Meu amor há de ser dono do tempo,
Há de despertar eternidade num momento,
Queimando enquanto me pulsar a vida,
Além de mim, nos versos destilando veneno,
O doce veneno de quem é ainda pequeno
Para aspirar, ousado, chamar-te querida.
Daniel Carvalho Gonçalves
Escrito em 14 de dezembro de 1998
Abraço!
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