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sábado, 29 de março de 2014

À uma estrela em minha vida

À uma estrela em minha vida


  Foto: Daniel Carvalho Gonçalves


Eram não sei quantas horas na estrada do tempo.
Eu era apenas mais um andarilho, perdido,
Um folha vagando tão só ao sabor do vento,
Sem rumo, sem amor (ninguém me esperava), ferido.

Eis que o caminho me parecia tão deserto,
Qual se as pessoas ao meu lado não existissem.
Procurava, dolente, estrelas num céu incerto,
Um sorriso (era como se elas não brilhassem).

Por cumplicidade do destino, nos encontramos,
Como uma gota de orvalho e um raio de sol,
Ambos silentes, sonhos iguais. Ah! Nos abraçamos.
Um momento inesquecível como um arrebol.

Tu estavas tão bela, misto de mulher e menina,
Parecias dançar, tão mágica, ante meu olhar!
Trazias uma canção em tua sutil magia
E eu descobri pela primeira vez o que é amar.

Uma lágrima molhou meu rosto: felicidade.
Ora! Encontrara meu rumo, amor de verdade,
Encontrara alguém que fizera valer a vida.

Hoje, quero jurar-te (tu sabes) amor eterno.
Mesmo senil, quando da vida restar um inverno,
hei de te amar ainda mais que hoje, querida.

Daniel Carvalho Gonçalves
escrito em 22 de novembro de 1995
Abraço!

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