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quarta-feira, 3 de julho de 2013

Incógnita

Incógnita


  Foto: Daniel Carvalho Gonçalves


O que amo não é apenas teu corpo
Que ao desejo inspira minha alma,
Não, não é a efêmera estética
Feminina que me arranca a calma.

O que amo loucamente, amor sem fim,
Não são apenas teus olhos que encantam
A tantos, ou teus lábios tão perfeitos
Que à símplice poesia divagam.

O que amo, amor além da morte,
Não são as roupas belas que tu usas,
Ou os trejeitos, lindos, do teu cabelo,
Não, não amo de maneira tão obtusa.

O que amo, e não escondo jamais,
É  a pessoa linda, maravilhosa,
Que brilha, indisfarsável, dentro de ti,
Teus medos, teus sonhos, tu, tão formosa,
Tão carinhosa, tão humana, tão mulher,
Tão frágil, e as vezes tão perigosa,
O teu sentimento, o teu jeito de ser.


Daniel Carvalho Gonçalves
Escrito em 06 de fevereiro de 1995
Abraço!

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