Cálice de uma deusa
Foto: Daniel Carvalho Gonçalves
Imaginei-te como a lua,
Misteriosamente nua,
Ginga de mulher fogosa.
Com os olhos, desvendei teus segredos,
Quis acalmar os teus medos,
Fazer-te saber-se deliciosa.
Toquei, sonhando, tua pele alva,
Cálida como o primo raio de sol da alvorada,
Essência de um fogo divino.
Beijei-te com desmedida sede,
E teu cálice, profana rede,
Embriagou-me com seu lúbrico vinho.
Naveguei por teu corpo, endoidecido,
Batizei-me no sal do teu suor,
Doei-te meu corpo, minha vida, vencido
Pelo gozo agreste do teu ardor -
Te amei em sonho, qual fora um menino perdido.
Daniel Carvalho Gonçalves
Escrito em 19 de julho de 2000
Abraço!
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