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quarta-feira, 19 de junho de 2013

Cálice de uma deusa

Cálice de uma deusa


  Foto: Daniel Carvalho Gonçalves


Imaginei-te como a lua,
Misteriosamente nua,
Ginga de mulher fogosa.

Com os olhos, desvendei teus segredos,
Quis acalmar os teus medos,
Fazer-te saber-se deliciosa.

Toquei, sonhando, tua pele alva,
Cálida como o primo raio de sol da alvorada,
Essência de um fogo divino.

Beijei-te com desmedida sede,
E teu cálice, profana rede,
Embriagou-me com seu lúbrico vinho.

Naveguei por teu corpo, endoidecido,
Batizei-me no sal do teu suor,
Doei-te meu corpo, minha vida, vencido
Pelo gozo agreste do teu ardor - 
Te amei em sonho, qual fora um menino perdido.


Daniel Carvalho Gonçalves
Escrito em 19 de julho de 2000
Abraço!

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