Uma lágrima pelo amanhã
Foto: Daniel Carvalho Gonçalves
Quem choraria por uma flor ao relento,
Tão solitária e quase sem alento?
Quem se poria em seu lugar? E sua dor,
Quem a sentiria na alma? Só um sonhador?
Se morre uma flor não há nenhum pranto,
Nenhuma prece nesse instante tão santo.
Morrem anônimas tulipas e rosas,
Fúnebres e festivas, tão maravilhosas!
Uns versos dum ébrio que com ela dormiu,
E entre frias lágrimas com ela sorriu,
São poemas que o pó do tempo encobre,
São coisas que um homem comum só descobre
Quando nota, tarde demais, que seu destino
Não trará de volta seus sonhos de menino.
Daniel Carvalho Gonçalves
escrito em 06 de abril de 1997
Abraço!
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