Manhã do amanhã
Foto: Daniel Carvalho Gonçalves
Haverá um dia em que as armas
Serão inúteis,
E a penumbra não trará consigo o medo.
Haverá, em algum momento no tempo,
A conquista absoluta da verdade,
Desnudando a cada passo o riso completo.
Haverá, na noite mais escura,
Um céu repleto de estrelas,
E, no alvorecer mais calmo,
Um suave orvalho brincará
Onde corria uma lágrima triste.
Haverá um dia em que todos serão irmãos,
E os olhos verão, então,
A cor da alma.
Haverá um dia em que seremos colossais
Como as coisas mais frágeis,
Poderosos como os sonhos mais doces
E complexos como a pétala mais simples.
Haverá um dia em que pisaremos o paraíso,
Conheceremos além de nossa perfeita imperfeição,
Amaremos como nem ousamos imaginar,
Seremos eternos como se fôssemos deuses,
Enfim, toda lágrima derramada
Será uma flor que exsurgirá...
Um dia.
Daniel Carvalho Gonçalves
Escrito em 18 de maio de 1993
Abraço!
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