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quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Do fundo do coração

Do fundo do coração


  Foto: Daniel Carvalho Gonçalves


Que soprasse a mais frígida e cruel tempestade
E levasse, indiferente, minhas poesias,
Se elas não rimassem, simples, tanta felicidade,
Se não contassem sobre o amor com tanta magia.

Que murchassem os meus versos como flores no deserto
Se algum dia eu te esquecesse (coisa impossível!),
Não precisasse do teu beijo, não te quisesse perto,
Não fosses tu essa deusa que faz o sonho possível.

Que essas palavras calassem se não fossem verdade,
Se meu sentimento não gritasse tanto por teu nome,
Se minha alma não te esperasse com tanta saudade,
Se meu corpo não te desejasse com afã, com fome

Do teu contato, com sede do teu beijo, com loucura.
Que este poema parca a rima mas não a candura!


Daniel Carvalho Gonçalves
Escrito em 26 de novembro de 1996
Abraço!

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