Elegíada II
Foto: Daniel Carvalho Gonçalves
Tantas vezes vos perguntei, ó Deus,
Por que são tão breves os vossos filhos,
E tão enigmáticos os caminhos seus.
Nenhuma resposta a este vosso filho.
Por que roubar, num átimo, o sonho de alguém?
Por que fazer-nos sentir o gosto duma lágrima?
Por que nos tirar tão precioso bem,
A vida, difícil, mas talvez por isso, tão mágica?
Não creio que a morte seja coisa do destino,
Talvez uma desventura do acaso.
O fato é que não aceito, não atino,
Com a inexistência, com esse trágico ocaso.
Nos resta esperar que haja um mundo melhor
Nessa vida para onde vão as pessoas que amamos,
Pois, o adeus não existe, quem sabe um instante de dor,
Um "até logo" para aqueles que abraçamos.
Daniel Carvalho Gonçalves
Escrito em 01 de fevereiro de 1998
Abraço!
Admiro quem sabe transformar a dor em belas palavras de alento.
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