Gênese
Foto: Daniel Carvalho Gonçalves
Quando a saudade é espinho
E não a flor perfumada;
Quando do cálice de vinho
Só resta dor e mais nada;
Quando quero apenas chorar
E preciso sorrir;
Quando tenho tanto para falar
E ninguém para me ouvir;
Quando a noite é interminável
Como o eterno caminho dum cometa;
Quando o pranto é inevitável
E eu só tenho papel e caneta;
Quando o sentimento é tempestade
E eu tento fingir bonança;
Quando da máscara de majestade
Resta o medo, igual criança;
Quando minha alma parece vazia -
Eis-me aqui, destilando poesia.
Daniel Carvalho Gonçalves
Escrito em 06 de maio de 2001
Abraço!
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