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quinta-feira, 30 de dezembro de 2021

APENAS MAIS UM POEMA DE AMOR

 APENAS MAIS UM POEMA DE AMOR


                             Foto: Daniel Carvalho Gonçalves


Este estranho poema nasceu de um romance,

De um amor tão grande

Que parecia transbordar pela janela da alma,

Um amor tão puro quanto a certeza que tinha

De que a eternidade ali se representava.


Conheceu a leveza de sorrisos inimagináveis,

A cumplicidade do abraço da mulher mais linda do mundo,

O prazer do amor aquecendo o contato,

A pele arrepiada com tanto calor.


Viveu as palavras mais doces,

As juras que transpiravam verdade,

A poesia de momentos em que palavras eram indispensáveis,

A alegria da presença como cheiro de flor.


Esse poema nasceu também da dor,

De ver tudo se acabar como se nada

Tivesse significado alguma coisa,

Como se tudo fosse uma grande mentira,

Uma miragem encantada no deserto de um sonho.


Nesse momento, não houve responsabilidade afetiva,

As palavras foram as mais duras imagináveis,

A atitude de quem queria apenas livrar-se

Do que a convivência transformara num fardo.


Mas esse poema, ao nascer, fez germinar também

A esperança, esse bem inexorável em meu coração,

De que os sonhos são possíveis,

De que o amor verdadeiro deve existir

Em algum canto do mundo, 

Oxalá bem perto de mim.


Esse amor há de trazer de volta o meu melhor,

Resgatar o sorriso,

Transformar o meu mundo,

Reviver o que nunca deixou de ser eterno.


Daniel Carvalho Gonçalves

Escrito em 30 de dezembro de 2021

Abraço!


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