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sexta-feira, 21 de abril de 2017

Somente teu

Somente teu


   Foto: Daniel Carvalho Gonçalves


Diáfano regato de divino encanto,
O teu murmurar me parece um canto,
E tuas águas, em meu agreste desejo,

Mata minha sede de tão seleto prazer.
Ai! de outra fonte nunca hei de beber,
Pois, nunca me refrescará qualquer outro beijo.

O teu olor tem um dulçor primaveril,
Ante o qual a mais breve rosa parece vil,
Fazendo emudecer os versos deste poema.

Ora! Qualquer palavra soa profana,
As rimas do homem que tanto te ama
Nada são ante tão excelsa fêmea.

Quero molhar meu corpo nas tuas águas,
Afogar-me nas curvas dos teus segredos,
Adorar-te, mulher, deusa, linda e nua,
Pois, de ser teu já não tenho mais medo.


Daniel Carvalho Gonçalves
Escrito em 13 de janeiro de 1999
Abraço!

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