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sexta-feira, 8 de maio de 2015

Ab imo pectore

Ab imo pectore

     Foto: Daniel Carvalho Gonçalves


Borboleteava pelo tempo, sem destino,
Qual fosse uma áurea folha de outono,
Um tolo talvez, desprotegido menino
Ante o orgulho de seu próprio sonho.

Mas, eis, nesse caminho, a mais doce ventura!
Na orla mais agreste, olhos de sol
A iluminarem, gentis, a mais bela criatura,
A mulher que deu ao meu sonho a cor do arrebol!

Eu, que de amor nada entendia,
descobri, então, o dom da poesia
E a eternidade de uma sentimento.

Eu, que só em puro desdém sorria,
Tenho hoje o encanto duma melodia
E um amor que durará além do tempo.

Daniel Carvalho Gonçalves
Escrito em 22 de novembro de 1998
Abraço!

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