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terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Adeus a um anjo

Adeus a um anjo


  Foto: Daniel Carvalho Gonçalves


Adeus, Maria Guerreira,
Doce arranjo, Helena!

Vai, que eu te guardo, intocável,
Em meu coração de filho,
Que eu zelo por tua imagem inexorável,
E atento a pisar em teu mesmo trilho!

Adeus, adeus, até quando?
Quando, mãe, o teu riso novamente?
Quando o velar por teu sono
E o ver-te despertar contente?

Quando, querida, o teu abraço
E o afago em tuas alvas melenas?
Estarás presente em todos os meus passos,
Guando-me com tuas mãos pequenas.

Adeus, que é indecifrável o destino,
E são colhidas primeiro as flores mais belas.
Adeus, que te guardo com carinho,
Mãe, amiga, diva mulher, quimera!

Perdoa, mãe, as palavras não ditas,
Ah, todo o meu amor não confessado.
No afã de ser forte (acreditas?)
Como tu, quase ao poeta eu mato.

Fica um pouco de tua alma em mim,
Gotas cálidas de tua generosidade.
Fica o orgulho, o sonho e, enfim,
Tua ausência doendo em forma de saudade!

Adeus, valente Maria,
Suave e terna melodia!

Adeus, te digo em silêncio,
Pois, em silêncio se despediu.
Adeus, até um dia, eu penso!


Daniel Carvalho Gonçalves
Escrito em 01 de novembro de 1999
Abraço!

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