À Fulana flor
Foto: Daniel Carvalho Gonçalves
Não sabes que és bela, ó flor campestre,
Triste, num canto, não sabes que és bela?
Não sabes que invejam teu olor silvestre,
Que sem ti não existe primavera?
Não me fales das rosas, tão orgulhosas.
Elas não tem (tão pobres!) tua ternura.
Não te disseram que tu és mui formosa?
As rosas não exalam a tua doçura!
Tantas cobiçam tua simplicidade,
Coisa rara, teu bucólico sorriso.
Saibas, não precisas chorar, ó beldade.
Tu és a flor mais bela do paraíso.
Não sabes que esta poesia é tua,
Que este poeta, por ti, se enamorou?
Não sabes que Diana, ao ver-te nua,
Linda, de puro despeito, se ocultou?
Te amo demais para não falar da tua
Inocente beleza que me encantou.
Daniel Carvalho Gonçalves
Escrito em 23 de março de 1995
Abraço!
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