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sábado, 7 de dezembro de 2024

(I)MORTALIDADE

 (I)MORTALIDADE



Direitos autorais de foto e texto: Daniel Carvalho Gonçalves


Quantas vezes é preciso morrer

E renascer, se reinventar,

Até encontrar o que se procura?


Por quantas noites um andarilho

Precisa vagar até entender

Que não se trata da chegada,

Mas de apreciar o caminho?


Por quantos olhares indiferentes

É preciso sofrer

Até compreender-se

Diante de um espelho?


Por quantos amores é preciso chorar

Até entender que o amor

Não nasce de fora para dentro,

Mas de dentro para fora?


Quantos poemas é preciso plantar

Até que consigam serem lidos,

Não pelas palavras, e, sim, pela alma?


Quanto amor é preciso gritar,

Reverberar, cantar,

Quase enlouquecer,

Até que em um momento qualquer

Só reste o silêncio?


Daniel Carvalho Gonçalves

Escrito em 02 de dezembro de 2024

Abraço!

domingo, 1 de dezembro de 2024

CADA ROSTO É UM ESPELHO

 Cada rosto é um espelho

                        Direitos autorais: Daniel Carvalho Gonçalves

A poesia era lágrima
Nos olhos de alguém que lia,
E, estranhamente, era êxtase
Para aquele que ouvia.

Esse dom quase sobrenatural
Está na intimidade com que as palavras
Tocam os sentimentos de cada um,
Com a delicadeza ou a força
Com que revela sua própria verdade.

A poesia é maior do que a intenção das palavras,
Do que a leveza insinuante dos seus versos.
É um néctar que embebeda
Se o vazio sombreia a alma;
É uma chama que aquece
Quando o amor valseia em festa.

A poesia é pranto,
É gozo,
É a luz no caminho,
A sombra que refresca ou esconde,
Porque cada leitor sabe onde ela
Pode doer ou provocar felicidade.

Daniel Carvalho Gonçalves
Escrito em 30 de novembro de 2024
Abraço!