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terça-feira, 22 de abril de 2014

Quem há de explicar o amor?

Quem há de explicar o amor?


  Foto: Daniel carvalho Gonçalves


Ai, que estranho orbe é o amor!
Ás vezes, uma quieta manhã de inverno,
Onde se cala a mais intensa dor;
Quem sabe também um cálido inferno,
Numa festiva e profana explosão de cor.

É tão forte ao calar-se, contido, no peito,
E tão frágil ao gritar seu próprio pranto,
E, imperfeito, refletir-se tão perfeito.
É uma poema solto, louco, num qualquer canto,
Sonoro e musical na pauta que tem por leito.

O amor é tão óbvio em seus segredos,
Tão símplice em sua complexidade,
ousado e indígete em seus medos,
Prisioneiro de sua doce liberdade.

O infinito amor, o amor imortal,
Também, e só assim, a morte conhece.
O que ficam são poemas num sonho mortal,
A fé de que a eternidade acontece
Para quem ousa amar de forma sem igual


Daniel Carvalho Gonçalves
Escrito em 16 de setembro de 1998
Abraço!

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